quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SEGUNDA PARTE: testamento do Judas de 1962

O testamento de Judas, para quem não conhece, nada mais é que um cordel. Veja trechos do Testamento do Judas de Ouro Branco, no ano de 1962, escrito pelos poetas Orilo Dantas de Melo e Manoel Bernadino.
http://www.ringue.blogger.com.br/pergaminho.jpg
 IX
O lenço deixo pra Zé Mago
cinturão a Zé Tomé
esta gravata bacana
com gosto dou a André
Leto sei não aperreias
te deixo meu par de meias
já comidos de chulé

X

Sapatos a Antônio Chico
porque assim me convêm
as ligas para Maurílio
a quem amo e quero bem
vai no bolso da cueca
um baralho de sueca
este é pra Pedro Cem

XI

O sítio deixo a Justino
alma caridosa e boa
talvez nesta hora esteja
coitado vagando a toa
sentindo pena de mim
viajou a João Pessoa

XII

Ao caro Manoel Nogueira
cidadão de muita linha
eu entrego minha casa
da sala até a cozinha
tambem pra Manoel Raposa
chaleira pra qualquer coisa
até deitar galinha


Um comentário:

Anônimo disse...

O testamento de Judas, para quem não conhece, nada mais é que um cordel.
Permita-me discordar da frase acima. Para mim o Testamento do Judas é um filme que conta em detalhes a história de Ouro Branco. Com personagens reais os versos dos Testamentos descrevem como era a cidade e quem eram e como viviam as pessoas. Estão de parabens os autores daqueles tempos e também os de hoje.
Obrigado pelo comentário deixado no meu blog e parabens pelas postagens.