domingo, 24 de fevereiro de 2013

POESIA POPULAR

- O PEIDO DA MATRIZ -
(Autor desconhecido)
 
Numa tarde sertaneja
De uma quentura tão forte,
Tinha o veneno da morte,
O peido dado na igreja.
Muita gente benfazeja,
Alí rezava ao Divinio,
Não foi de um menino ou de algum velho mucufa,
Sei dizer que àquela bufa,
Quase mata Jesuíno.

Alguém tomando cerveja,
Num bar aqui da cidade,
Chamou de "fatalidade",
O peido dado na igreja.
Esse alguém viu a peleja,
Do povo no desatino,
Anão caído sem tino,
Bem no centro da Matriz,
Àquele peido infeliz,
Quase mata Jesuíno.

Quem quiser, escute e veja,
Hoje em nossa freguesia,
O comentário do dia,
É o peido dado na igreja.
Anão já rí e graceja,
Como um feliz nordestino,
Depois de um exame fino,
Dr. Paulo disse assim,
Essa bomba sem estopim,
Quase mata Jesuíno.
 
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Enviada por: Janduy Azevedo

domingo, 3 de fevereiro de 2013

POESIA POPULAR

Quando completou 91 anos, perguntado se sentia medo da morte

Patativa do Assaré

improvisou o decassílabo abaixo:

 

Cachingando, cego e surdo

Sem ver e sem está ouvindo

pra mim não é absurdo.

Vou meu caminho seguindo.

Nunca pensei em morrer

Quem morre cumpre um dever.

Quando chegar o meu fim

Eu sei que a terra me come,

mas fica vivo o meu nome

para os que gostam de mim.”