O testamento de Judas, para quem não conhece, nada mais é que um cordel. Veja trechos do Testamento do Judas de Ouro Branco, no ano de 1962, escrito pelos poetas Orilo Dantas de Melo e Manoel Bernadino.
IX
O lenço deixo pra Zé Mago
cinturão a Zé Tomé
esta gravata bacana
com gosto dou a André
Leto sei não aperreias
te deixo meu par de meias
já comidos de chulé
X
Sapatos a Antônio Chico
porque assim me convêm
as ligas para Maurílio
a quem amo e quero bem
vai no bolso da cueca
um baralho de sueca
este é pra Pedro Cem
XI
O sítio deixo a Justino
alma caridosa e boa
talvez nesta hora esteja
coitado vagando a toa
sentindo pena de mim
viajou a João Pessoa
XII
Ao caro Manoel Nogueira
cidadão de muita linha
eu entrego minha casa
da sala até a cozinha
tambem pra Manoel Raposa
chaleira pra qualquer coisa
até deitar galinha
Um comentário:
O testamento de Judas, para quem não conhece, nada mais é que um cordel.
Permita-me discordar da frase acima. Para mim o Testamento do Judas é um filme que conta em detalhes a história de Ouro Branco. Com personagens reais os versos dos Testamentos descrevem como era a cidade e quem eram e como viviam as pessoas. Estão de parabens os autores daqueles tempos e também os de hoje.
Obrigado pelo comentário deixado no meu blog e parabens pelas postagens.
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